quarta-feira, 7 de março de 2012

Cinco perguntas para Ana Santos

Lançamento na Palavraria
     Em setembro de 2011 saiu na revista digital Coletiva.Net uma entrevista com a escritora Ana Santos, autora do livro O que faltava ao peixe, publicado pela Libretos. Ela fala um pouco sobre os motivos que a levaram a escrever este livro e sobre as premiações que ganhou antes mesmo da obra ser lançada.  

    Reproduzimos aqui a entrevista para que nossos leitores conheçam um pouco melhor esta jovem e promissora escritora.


Cinco perguntas para Ana Santos
Jornalista lançou recentemente seu primeiro livro, ‘O que faltava ao peixe’

1. Quem é você, de onde veio e o que faz?
Eu sou a Ana. Nasci em Porto Alegre, pago as contas lecionando inglês, mas gosto mesmo é de escrever.

2. Como surgiu a ideia de escrever o livro?
Eu não tinha uma ideia específica quando decidi concorrer à Bolsa Funarte. No projeto, tentei explicitar de forma mais ou menos coerente os temas e o estilo do que eu havia escrito até então. Notei que a noção de "vazio" era algo recorrente nos textos. Esse foi o mote inicial. Depois de várias exclusões, substituições e modificações, a infância e a velhice acabaram se destacando como temas principais.

3. Qual o seu objetivo ao lançar a obra?
Vou citar o Baudelaire. Já há alguns anos que a Aline Daka (ilustradora do livro) e eu buscamos criar, com nossas duas tristezas, uma felicidadezinha. O livro é resultado dessa busca. Se lançá-lo tem algum objetivo, é compartilhar essa felicidadezinha.
O universo de ‘O que faltava ao peixe’ é anacrônico. Não sei se os temas que valorizamos interessam a muita gente, se nosso modo de escrever e desenhar ainda tem algum espaço.

4. Antes mesmo do lançamento, foste agraciada com duas premiações. A que atribui o feito?
À consistência dos projetos. A Bolsa Funarte incentivou a produção dos textos, com base na proposta apresentada e em narrativas escritas anteriormente. Dois anos depois, o Fumproarte financiou a publicação da obra.

5. Como você se imagina daqui a cinco anos?
Acho que é mais um desejo do que uma possibilidade: com muita paz para escrever, numa casa de campo, à la Hilda Hilst ― mas com menos cães.


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