segunda-feira, 17 de março de 2014

Matéria do Metro Brasília sobre o livro Coligay

Torcida gay do Grêmio é relembrada em livro
Escrita pelo jornalista Léo Gerchmann, a obra ‘Coligay – Tricolor e de todas as cores’ será lançada em abril pela Libretos

Do Metro Brasília - Fabiane Guimarães

     Gremista de coração, o jornalista Léo Gerchmann, de Porto Alegre, sempre foi fascinado por um capítulo especial da história do clube: a existência da Coligay, uma torcida organizada só de homossexuais, que enfrentou o conservadorismo da época, em plena ditadura militar, de 1977 a 1983. Convencido da riqueza do tema, decidiu escrever um livro para relembrar a trajetória destes corajosos tricolores.

     Em fase pré-publicação, “Coligay – Tricolor e de todas as cores” deve ser lançado em abril pela Libretos. Por meio de intensa pesquisa e entrevistas com ex-integrantes da torcida, Gerchmann reconta os detalhes desta história hoje quase esquecida. “Eles foram muito corajosos, porque surgiram em uma época de repressão. Era uma torcida que nunca se envolvia em confusão e sempre apoiava o time”, relembra. Gerchmann.

      No livro, ele relembra como a Coligay foi recebida com frieza, em princípio, mas depois  conquistou até um espaço reservado no Estádio Olímpico para guardar seus instrumentos. A torcida se desfez porque o criador, natural de Passo Fundo, voltou para sua cidade natal.

     A Coligay não foi a única torcida gay do Brasil, embora tenha sido a que mais vingou. Em 1979, o carnavalesco Clóvis Bornay criou a Flagay, motivo de muito burburinho no Maracanã.

     Para Gerchmann, defensor ardoroso da diversidade, a homofobia ainda é uma mancha lamentável no futebol. “Tenho a pretensão de que o livro mude um pouco isso, de que esclareça algumas coisas. Infelizmente, ainda há muita agressão aos homossexuais.”

Link para a matéria original: http://esporte.band.uol.com.br/cidades/rs/noticia/100000666790/Torcida-gay-do-Gremio-e-relembrada-em-livro.html


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