Torcida gay do Grêmio é relembrada em livro
Escrita pelo jornalista Léo Gerchmann, a obra ‘Coligay –
Tricolor e de todas as cores’ será lançada em abril pela Libretos
Do Metro Brasília - Fabiane Guimarães
Gremista de coração, o jornalista Léo Gerchmann, de Porto
Alegre, sempre foi fascinado por um capítulo especial da história do clube: a
existência da Coligay, uma torcida organizada só de homossexuais, que enfrentou
o conservadorismo da época, em plena ditadura militar, de 1977 a 1983. Convencido da
riqueza do tema, decidiu escrever um livro para relembrar a trajetória destes
corajosos tricolores.
Em fase pré-publicação, “Coligay – Tricolor e de todas as
cores” deve ser lançado em abril pela Libretos. Por meio de intensa pesquisa e
entrevistas com ex-integrantes da torcida, Gerchmann reconta os detalhes desta
história hoje quase esquecida. “Eles foram muito corajosos, porque surgiram em
uma época de repressão. Era uma torcida que nunca se envolvia em confusão e
sempre apoiava o time”, relembra. Gerchmann.
No livro, ele relembra como a Coligay foi recebida com
frieza, em princípio, mas depois conquistou até um espaço reservado no
Estádio Olímpico para guardar seus instrumentos. A torcida se desfez porque o
criador, natural de Passo Fundo, voltou para sua cidade natal.
A Coligay não foi a única torcida gay do Brasil, embora
tenha sido a que mais vingou. Em 1979, o carnavalesco Clóvis Bornay criou a
Flagay, motivo de muito burburinho no Maracanã.
Para Gerchmann, defensor ardoroso da diversidade, a
homofobia ainda é uma mancha lamentável no futebol. “Tenho a pretensão de que o
livro mude um pouco isso, de que esclareça algumas coisas. Infelizmente, ainda
há muita agressão aos homossexuais.”
Link para a matéria original: http://esporte.band.uol.com.br/cidades/rs/noticia/100000666790/Torcida-gay-do-Gremio-e-relembrada-em-livro.html
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