“A primeira vez que estive em um filó não sabia que aquela reunião de descendentes de italianos (a gente dizia gringos) ao redor de uma mesa para beber, comer e cantar, entre outras coisas, se chamava filó.
A velha Kombi de meu pai furara o pneu bem em frente ao portão da casa de uns colonos e nós, a família toda, tivemos que descer pra ajudar. Do porão de um galpão ao lado da casa de madeira vinha uma música e sombras difusas na parede projetadas pela luz de lampiões – já chamavam a atenção do futuro fotógrafo que havia em mim.
Fomos convidados a entrar e comer: salame, queijo, pão... e algumas coisas engraçadas com nomes engraçados “codeguin, grostoli”. Senti o cheiro maravilhoso de vinho e da uva. Era verão em plena safra.
Tivemos sorte, tem festa! – disse meu pai, sem saber que estávamos para conhecer e fazer parte de uma velha tradição...” Marco Nedeff, o fotógrafo
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