sexta-feira, 25 de maio de 2012

Noites de Filó - nas palavras de quem registrou

     “A primeira vez  que estive em um filó não sabia que aquela reunião de descendentes de italianos (a gente dizia gringos) ao redor de uma mesa para beber, comer e cantar, entre outras coisas, se chamava filó.

      A velha Kombi de meu pai furara o pneu bem em frente ao portão da casa de uns colonos e nós, a família toda, tivemos que descer pra ajudar. Do porão de um galpão ao lado da casa de madeira vinha uma música e sombras difusas na parede projetadas pela luz  de lampiões – já chamavam a atenção do futuro fotógrafo que havia em mim.

      Fomos convidados a entrar e comer: salame, queijo, pão... e algumas coisas engraçadas com nomes engraçados “codeguin, grostoli”. Senti o cheiro maravilhoso de vinho e da uva. Era verão em plena safra.

     Tivemos sorte, tem festa! – disse meu pai, sem saber que estávamos para conhecer e fazer parte de uma velha tradição...”  Marco Nedeff, o fotógrafo

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