terça-feira, 13 de maio de 2014

Na Internet: Coligay no Correio do Povo

“Coligay, Tricolor e de todas as cores”
Postado por Hiltor Mombach em 12 de maio de 2014 - Esportes

O cenário era o mais impróprio possível.
A palavra homofobia difundia-se pelo mundo e num clima pesado nascia, em 1977, a Coligay, uma torcida de desafiadores homossexuais que enfrentaram o conservadorismo em plena ditadura militar e, de quebra, a opinião pública do povo gaúcho.

Se é verdade que com a Coligay o tabu tornou-se mais exacerbado na época, não é menos verdade que ela provocou o debate, ajudando a formação de uma nova consciência.
O jornalista, e gremista, Léo Gerchmann resgata a história da Coligay em um livro de 190 páginas, que tem como título “Coligay, Tricolor e de todas as Cores”, com lançamento na terça-feira, dia 13, às 19h, na Saraiva do Praia de Belas Shopping.
Está confirmada a presença do fundador da torcida, Volmar Santos.
O prefácio é do amigo e companheiro de muitas coberturas esportivas David Coimbra.
Léo recupera um artigo de Ibsen Pinheiro: “Em nosso futebol trágico, a Coligay foi uma fresca aragem renovadora. Positiva, por isso… Numa região de tantos machismos como a nossa, não faz mal nenhum mostrar que o RS é exatamente igual ao resto do mundo e não confirma aquela gostosa anedota mineira: se os gaúchos são todos machos, em Minas a população se divide em homens e mulheres e todos se dão muito bem. Sem esquecer a coluna do meio”.
O epílogo é reservado para um gostoso pinga-fogo com Volmar Santos.
Ele lembra do dia em que a Coligay sofreu preconceito de alguns torcedores do Gaúcho de Passo Fundo, que até jogaram objetos. Há uma música do inesquecível Teixeirinha, chamada Gaúcho de Passo Fundo, que diz: “Me perguntaram se eu sou gaúcho/ Está na cara repare o meu jeito/ Eu sou gaúcho lá de Passo Fundo/ Trato todo mundo com muito respeito/ Mas se alguém me pisar no pala/ Meu revólver fala e o bochincho está feito…”.
Pois pisaram no pala da Coligay e, segundo Volmar, “os componentes subiram nas arquibancadas e deram uma surra nesses torcedores, que passaram a maior vergonha da vida deles”.



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